sexta-feira, 3 de maio de 2013

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 É... talvez tenhamos apenas nossos outros sonhos a se viver, já que os sonhos e as promessas que fizemos um pro outro já tenham sido tiradas do papel. Você pode estar certa em dizer que temos muito pouco tempo, ou talvez o tempo seja algo relativo. 



Nunca neguei que poderíamos seguir com nossas vidas mesmo não tendo um ao outro mais, mesmo estando afastados. Todos são capazes de seguir com a vida com ela sorrindo ou não pra gente, mesmo por trás de todo sofrimento sempre haverá algo ou alguém pra nos fazer sorrir, pra nos estender a mão quando estivermos no chão. A diferença é que tínhamos um ao outro, dividindo todos esses momentos e crescendo juntos. 

Juntos... Não sei o que significa isso, nem mesmo o que é separar. Tudo sempre é uma questão de perspectiva, vai depender do que nos separa... metros, quilômetros, um sorriso, uma informação, um pensamento... por onde anda seu coração? É muito longe daqui? 

E eu que jurava entender o amor, e assim poder encher a boca e dizer que sei amar. Sentir... Mas não sei mais o que é amor... mas mesmo assim vou seguindo nadando contra corrento por algo em que eu ainda acredito. Acredito no que eu sinto... se os outros acham que isso não é amar eu não me importo... eles nunca vão sentir o mesmo que eu sinto.

domingo, 21 de abril de 2013

Aprendizagem

         Talvez eu seja tudo isso que escrevo, ou talvez não. Minhas palavras se mesclam em torno da realidade. Acho que o que mais queria era que qualquer um que lesse, aproveitasse esses textos emotivos e desconexos para pararem pra pensar, sobre tudo, sobre o mundo... que realmente tirassem algum proveito de tudo isso. Talvez aí que esteja o segredo da construção do conhecimento, a capacidade de aproveitar cada momento de aprendizagem pra que assim construa sua sabedoria.
       


        Quem sabe um dia as coisas tomem um rumo diferente, quem sabe haja um por do sol pra cada um. Já que a distribuição de sorrisos e alegrias não é igual, sendo assim é melhor aproveitar ao máximo a felicidade que se tem. Passamos momentos demais imaginando como seria que acabamos por deixar de lado o que se deve realmente viver. Criamos muros e grades que nos privam do que realmente poderíamos aproveitar.
     
        A vida é essa constante mudança. A beleza de se viver está no convívio com a mudanças que estão pela frente. Na adaptação e na adequação as novas oportunidades, porque inteligentes são aqueles que conseguem ver na mudança uma oportunidade de transformação para melhor. Pessoalmente nunca gostei de mudanças ou novas experiências, mas a vida não se tornará monótona só por minha causa, e essa talvez seja a grande lição que aprendi com as pequenas catástrofes que me aconteceram, ter um novo olhar para o que se chamam de MUDANÇA, construir nela uma nova interpretação e saber olhar o bom que cada perspectiva representa.

     

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Uma perda de tempo ao quadrado



Poemas seriam perda de tempo?
E notas de rodapé?
Se ainda vale a matemática
que me ensinaram,
dois números negativos
multiplicados
resultam num número positivo.
Espero que
uma perda de tempo
ao quadrado
seja um ganho... de tempo.

Humberto Gessinger

terça-feira, 9 de abril de 2013

Mais um pra sempre

         Talvez a beleza de um momento habite a delicadeza da imperfeição. Um momento, uma inocência e uma bala de uva verde sempre vão me lembrar daquele dia. Eu tenho a incrível capacidade de me lembrar de momentos que me despertaram sentimentos, me lembro das coisas pelo quanto elas me emocionaram, e isso faz com que momentos se tornem eternos.



         Sentimento. Nem sei o que desperta isso, talvez seja essa mesma delicadeza, talvez seja aquele momento constrangedor que você se perde dentro de um olhar, aquele abraço sem jeito mas forte o suficiente pra dar proteção, um beijo carregado de paixão, sentar bem próximo um do outro olhar nos olhos e ao invés de se beijar ficar jogando conversa fora. A alegria de uma companhia e a felicidade da presença. Detalhes ou não, fazem mesmo toda a diferença. A poesia não é um jogo com quatro versos, mas a emoção de momentos, que às vezes e com sorte são descritos em palavras.

          Eu falando sem pensar, talvez tenha deixado escapar, escorregando entre os dedos, passando de sorrateiro nas pontas do pé, sem levantar suspeitas. Talvez o pra sempre seje isso mesmo, algo da sua cabeça, ou melhor que não sai da sua cabeça, uma lembrança, uma memória... A Eternidade vai se camuflando em meio tudo isso, eterno mesmo talvez seja o que conseguimos carregar no coração.

"Se for pra sempre... 
                                seja breve, 
Seja firme, seja leve,
                                seja bravo...
Seja breve."

sábado, 6 de abril de 2013

Criando laços

           Quanto vale uma amizade? Quanto que custa um companheirismo que te força a fazer o que é correto? Quanto vale a boa vontade de quem te quer bem? Não sei o valor, e também não me interesso em saber. Mas me interessa em retribuir. Tenho uma meia dúzia de amigos que levantam minha moral quando não tenho forças pra fazer isso sozinho, tenho uma trupe de amigos que me divertem quando não tenho ânimo pra sorrir. Em meio a brincadeiras, promessas e piadinhas a gente se faz presente, a gente contrói laços.

"_O que quer dizer cativar? disse o Príncipe
 _ É uma coisa muito esquecida disse a Raposa. significa criar laços."






          Mais uma vez O Pequeno Príncipe dá uma lição com a ingenuidade. Crio amizades cativando e sendo cativado. Criando laços fortes que vão sustentando o peso da vida, criando relações que vão nos acrescentando.  

Fernanda: Prometendo manter distância de quem não nos quer por perto, dando depoimento e comemorando a cada dia sem demonstrar o que sente, sem correr atrás de sonhos que ficaram na memória, ganhando merecidas estrelas por cada dia de luta contra si mesmo e a vontade incontrolável se permitir ter esperanças quando não há. Se nada der certo a gente arruma uma kombi sai pelo mundão.

Fabiola: Brincando... em segurar minha cabeça pra me prender do impulso de olhar para algo que não merece tanta atenção de mim, por cada palavra amiga que me confortava em dias que não restava mais paz em meu coração e minha mente estava conturbada em pensamentos. A cada palavra que me relembrava dos sonhos a se viver.

Greyce: Por dar apoio quando não tenho a capacidade de me manter em pé. A cada desabafo, a cada frase e a cada acontecimento que nos deixam revoltados por ainda ter um coração que pulsa. Por ainda ter força de manter de pé, quando a vida tenta a cada assalto nos derrubar.

Marcão e Douglas: Por aturar as minhas loucuras e minhas zuação e por mostrar que a vida por mais que difícil, merece ser vivida e merece cada sorriso de nossas diversões.

Leone, Emerson e Vitor: Sem palavras... uma velha amizade eterna.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Convivendo

          Afinal de contas, por anda a felicidade? Por anda essa tal expressão de estado de espírito em que todos correm atrás? Não sei. Acredito que a felicidade é um estado constante, é um estado que não se altera no dia-a-dia, e é isso que a difere da diversão. Já ouvi uma frase que era o seguinte, "liberdade é o espaço que a felicidade precisa". O resultado disso tudo talvez seje a tão sonhada Paz.
    

      
          Sempre presto atenção demais nos detalhes, sempre dei valor demais nas pequenas coisas, são nesses detalhes que você percebe mais nitidamente os sentimentos verdadeiros, são nesses detalhes que os mais puros sentimentos se afloram. Cada sorriso, cada toque, cada gesto sua alma se mostrava para mim, mas principalmente seu olhar, a forma com que me olha nunca muda, nem nunca mudou. Talvez seja por isso que nunca me perdi em suas palavras, deve ser por isso que nunca me engano sobre o que você sente.

          Acho que a palavra que mais se enquadra para essa fase de minha vida talvez seja melancolia. Mas a vantagem de dar valor nas pequenas coisas é que você encontra a felicidade em maior quantidade, fica mais fácil de encontrá-la camuflada no cotidiano. Como diria um dos maiores livros que já li "O Pequeno Príncipe": "Só se ver bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos".

          Acho que todos estão certos, o estado de felicidade não se resume numa vida sem problemas, mas na sua capacidade de lidar com eles. Deve ser por isso que não me sinto feliz, não estou sabendo lidar com esse problema. A cada circuntâncias que me colocam, mais eu fico confuso e com medo. Confuso por não saber o porque de atitudes, sempre contradizerem os sentimentos e as palavras e com medo da resultante dessas nossas atitudes... medo por desconhecer o futuro que me aguarda. Talvez eu saiba, bem no fundo da minha alma que o amor nunca dura pra sempre, e que temos que nos virar sozinhos, tentar de alguma forma se recompor das mágoas causadas pela dor da despedida, tentando seguir em frente sozinhos e  jurando estar contente com a solidão.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Refúgio

          Mais uma vez eu me refugiando em meio a escrita, a usando-a mais uma vez pra aliviar o peso do sofrimento que vem me angustiando. Mais uma vez me sinto sufocado, me sinto perdido, lançado ao mar em meio uma tempestade, deixado pra morrer aos poucos, a cada água turbulenta que me pega desprevinido, afogando a deriva.



          Nem me lembro da última vez em que minha mente teve um dia de descanso, um dia de paz, um dia no no parque embaixo de uma àrvore, olhando o vento soprar a árvore como quem sopra um dente-de-leão, simplesmente sentindo o mundo a nossa volta, no desconforto da grama, mas na agradável presença de quem ama. Mesmo com ambos prometendo ser o fim, mas também ambos sabendo que a história estava longe do final. Contudo, naquele momento isso não importava, os problemas que estávamos submetidos não faziam diferença, estávamos em outro lugar, em outro mundo, um refúgio que criamos para nos abrigar daquela tempestade que nos amedrontava. A única coisa que queria era que o tempo não passasse, mas como todos os momentos felizes que vivi, este também se tornou eterno, enquanto eu viver vou me lembrar...
      
          As circuntâncias acabaram por me colocar em um beco sem saída, a minha vida parece um programa de TV aberta, daqueles sem a menor graça, um horário eleitoral que ao invés de fazer chacota com o país, faz chacota com minha cara.

          O Tempo parece brincar com meu cotidiano, a ponto de eu saber se ele me faz bem ou me faz mal, o Tempo se faz necessário enquanto as surpresas são agradáveis, as surpresas perdem o encanto quando o que te surpreende só te faz chorar.